Sob luzes suaves de Natal, dois olhares se tocaram em meio ao ar quente que parecia envolver
tudo em silêncio. O calor da noite abraçava os corpos, enquanto o encanto nascia tardio, quase
proibido. Era um amor que iniciava com promessas sussurradas e com vários desejos contidos.

Com o passar do tempo, o sentimento se estendeu, intenso e sedutor como o toque apático da
pele. Entre encontros demorados a palavras ditas à meia-luz, o apego cresceu frágil e ardente.
Cada gesto portava vontade, mas também trazia consigo augúrio da perda, como uma sombra.

Aos poucos, o ardor que fundia passou a sufocar, e a magia deu lugar à melancolia. As luzes já
não reluziam iguais, e as quietudes se tornaram mais longos que os beijos. A paixão, estafada,
e delicada pelo tempo, começou a se despedir, se desfazendo aos poucos antes mesmo do fim.

No último anoitecer, restou apenas a lembrança de tudo que foi extremo e iminente. O término
veio suave, penoso e fatal, como o extinguir moroso dos clarões natalinos. Para sentir de perto
esse desfecho atraente e triste, fique ligado no Índice de Notícias para saber como irá encerrar.