Casa do Diablo

Publicado em 22/10/2025

Em 1913, no coração montanhoso de uma vila, uma combustão enigmática tomou os túneis de carvão. Galerias ardiam em silêncio e alicerces, subitamente, se corroíam. Moradas colapsaram e animais desapareceram. O ar virou corrosivo.

O êxodo foi inevitável, porque a queima jamais parou. Mesmo sem vida aparente, alguns olhos afirmam ter notado um vulto solitário entre tais fendas abrasivas. Deram-lhe o nome de Diablo.

Não envelhece, não fala, apenas caminha entre ruínas que não resfriam. O tempo ali não corre, contorce-se. Algo prende o ciclo ao estalar das chamas. Pontuam que, no cair da noite, ecoam do subsolo, as vozes de uma ocasião mortífera.

Descer para as minas é arriscar o próprio juízo. Aqueles que tentaram retornar… não obtiveram êxito. Destarte, a coragem é fundamental para
desbravar essa cidade vista como o lar do mau.

Diablo e Blume





Autor: Diablo
Publicado em 22-10-2025 13:08:41

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